segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Você me ajuda pelo amor ao mar?
quando você se joga sem dúvida na água e deixa 
a onda de sal e vida te levar?
Ou então pelo amor ao céu?
o qual você suspira admirando as luminosas
ou se acarinha no peito da lua  fria que nos ignora como deus?

Eu fui desescalar o interior das tuas pernas e

começou a desmoronar. Minhas cordas vocais não aguentaram a pressão
Cairam como Alice num buraco sem gato. Fiquei sem grito, no sufoco engasgada

Alguém me ajuda porque eu já não sei como controlar

tem muito amor eclodindo e ainda tem outros ninhos por lá
Todo mundo sabe que veias entupidas de afeto podem romper a qualquer momento.

As palavras dançaram arrancando meus olhos e os dispondo noutro salão

Encontrei aliviada um coelho branco, mas esse era comum,
só roía meus pés e olhava pro mundo com olhos de sabão

Com a visão perdida dentro dos teus poros, fui proutros sentidos

Os teóricos correram gargalhando da minha incapacidade de ação
Virei cabra-cega, um bobo da corte da monarca Vida

Na festa havia violinos desafinados arranhando pra todo lado

Van Gogh ofereceu girassois ao meu nariz e aproveitou para
minhas orelhas cortar. Como posso culpá-las de pedir ajuda a um amigo?

Ajuda porque meus dedos já estão se retraindo

E só as mãos podem ainda me salvar
Pensei que seria onça pela unha afiada que se tornou o menorzinho
Mas logo veio a garra de coruja no anelar
Ajuda porque daqui a pouco não consigo nem escr